01 outubro 2012

Amar de várias formas


Hoje muita gente ainda torce o nariz para formas alternativas de relacionamento – como o poliamor, por exemplo. Mas o fato é que – quer as pessoas gostem ou não – aquele ideal de amor romântico, que defende que a pessoa precisa passar a vida em busca de uma tampa pra panela, está em baixa. Por vivermos em uma época na qual a busca pela individualidade é um dos principais objetivos de vida – para homens e para mulheres – não encaixa muito bem um modelo de relação que exige uma completa fusão de dois seres. Por isso, cada vez mais pessoas estão percebendo que não precisam se prender a somente uma pessoa pelo resto da vida e que podem sim buscar relações múltiplas, inclusive ao mesmo tempo e com gêneros diferentes. Isso por que cada dia mais pessoas  estão se atentando ao fato de que não necessariamente precisam se interessar por homens ou por mulheres. A bissexualidade é uma tendência. Nesse universo de transformações não existe mais a necessidade que uma parceria feita de homem + mulher exista na vida de todo mundo. Por isso, percebemos um aumento de pessoas que se interessam por outras pessoas, numa atração que vai muito além do gênero.
Para os conservadores que acham isso tudo uma grande putaria, deixamo duas notícias: a primeira é que não adianta lutar contra essa tendência, pois ela já está acontecendo. No futuro, iremos olhar para a época em que vivemos hoje e será mais fácil identificar essa mudança acontecendo na vida de muitas pessoas. A outra notícia é que essa abertura tende a quebrar modelos e apontar para uma direção onde não há regras – se alguém quer ficar casado por 60 anos com a mesma pessoa, ótimo. Se a outra quer casar com 5 pessoas, ótimo também. Se a outra quer ficar sozinha, sem problemas. O importante é a consciência que essa é uma escolha individual e que não diz respeito a ninguém mais além da própria pessoa que a escolheu.  Como já dizia o ditado, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.

11 comentários:

  1. Frederico... a palavra "tendencia", para mim, está mais ligado a modismo que a qualquer outra coisa. Relações, sejam elas com quantos parceiros for, desde que sejam leais, é mais que um modismo...é uma vida. Não estou contrariando o que vc postou... só acho que o "buraco" é mais embaixo... a meu ver.
    Mas como vc disse: "cada um sabe a delícia de ser o que é"...essa é realmente, a verdade.

    beijos querido

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    1. Concordo com você fidelidade é primordial, indiferente do tipo de relacionamento.

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  2. As relações tende a ter alterações, almejamos novos experimentos entre pessoas diferentes e até com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Prova disso é a separação que antes soava estranho e hoje é tão comum falar Fulano separou de Sicrano, por que não a bissexualidade falada acima não será também.
    Mas haverá sim os que não acompanharam a dita tendência e optar por uma pessoa para se relacionar como o grande amor da vida, porque acredito que nós ainda teremos a sensação de amar e nos apegamos mais alguém.
    Ótima observação, parei e reparei bem o tanto de pessoas bissexuais que tenho conhecido e que até sempre existiram naqueles e naquelas casados que tinham relacionamento fora do casamento e advinha o quê? Relação com pessoa do mesmo sexo, já vi muito.
    Abraços!!

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    1. No caso de pessoas casadas acredito que as relações heterossexuais são mais para esconder a sua homossexualidade.

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  3. Amor é amor. Seja entre quem for. É sentimento "feito" pra ser sentido e não explicado. Fodam-se os conservadores... hehehehe! Bjs!

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    1. É verdade fodam-se os conservadores (parece que vamos ter um relacionamento a 3, eu seu marido e vc? ahsuahsuahsua)

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  4. Amar sempre é bom, indiferente de como cada um ama.
    Abraços

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  5. Viva o amor, cada um sabe como amar, e a forma desse amor não diz respeito a ninguém além de quem está amando.

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  6. Quando se fala nessa tal "tendência", o que eu leio nas entrelinhas, diferentemente do que muitas pessoas leem, é que vai ser mais comum, num futuro, encontrar pessoas que estejam menos preocupadas em corresponder à expectativa de um rótulo para viver sua felicidade plena. Assim, quem quiser assumir a sua bissexualidade que naturalmente já existe ou quiser viver sua necessidade de se ter um poliamor, encontrará menos resistência para fazê-lo.

    Só que ainda continuará a existir gente que ficará satisfeita com um modelo "mais tradicional", incluindo a monogamia e a heterossexualidade (ou homossexualidade) exclusiva. Essas pessoas não forçarão nelas algo que não seja espontâneo, afinal não se manda no coração, nem se obriga a sentir desejo por algo que não se sente...

    Abração!

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