No dia 26 de maio vai acontecer a marcha das vadias aqui em Florianópolis, um movimento mundial que busca o fim das desigualdades sexuais e o direito da mulher ter autonomia sobre o seu corpo sem ser julgada pela nossa sociedade hipócrita e altamente machista. E o Para Lady's solidário aos movimentos feministas, estará presente nessa manifestação. Aproveito também para convidar os leitores daqui de Floripa para participarem, e também os leitores de outros estados participarem em suas respectivas cidades, já que essa marcha vai acontecer em diversas cidades brasileiras no mesmo dia (para saber mais clica Aqui). Segue abaixo o texto de divulgação da marcha.
Quando alguém sofre uma agressão de qualquer tipo, quem é o responsável? A resposta parece óbvia, o agressor! Nem sempre é assim que as coisas funcionam no caso de violência contra a mulher. Embora seja garantido a ela o direito de denúncia e proteção, na prática o que costuma acontecer é que a vítima é julgada como sendo responsável de alguma maneira pela violência. Violência não é só violência física, é também psicológica, simbólica e patrimonial. Quando uma mulher é obrigada a escutar comentários de péssimo gosto, que tem relação com seu corpo e a forma como ela está vestida, isso também é violência.Quando se trata de abuso sexual, é comum ouvirmos que “a mulher facilitou”, andou em lugares perigosos, vestiu-se de maneira inapropriada, ou até mesmo “não se deu ao respeito”. Esse tipo de atitude acaba por impedir a mulher de procurar ajuda, afinal, ela mesma pode se sentir culpada uma vez que vive numa sociedade que mantém pensamentos como esse. Lugar de mulher é em qualquer lugar, em qualquer horário e com a roupa que ela quiser! A marcha das vadias é um movimento de abrangência mundial que visa eliminar, ou ao menos questionar essa lógica machista e bastante perigosa. Ora, se um homem é vítima de agressão, ninguém o responsabiliza de forma alguma e nem deveria. O que nosso movimento quer defender é que uma mulher também deve poder ser livre para se vestir e se comportar como bem entender, tendo total autonomia sobre o seu corpo e que nada nem ninguém pode nele intervir sem sua autorização. Por fim, trata-se de uma marcha pela liberdade e igualdade de gêneros, de um movimento feminista. E feminismo é a ideia radical de que mulher também é gente!
Marcha das Vagabundas Florianópolis - Dia 26 de maio de 2012
Concentração às 10h na Catedral Metropolitana (centro)
Contato e informações: marchadasvagabundasfloripa@gmail.com
pois é, os gays precisam apoiar esses movimentos mais do que qualquer um.
ResponderExcluirEu apoio! E espero que a Marcha das Vadias aconteça também aqui em Manaus. Vi nada sobre uma marcha por aqui no calendário... =/
ResponderExcluirAcho muito bem; apoio qualquer movimento que lute pela descriminação, seja ela qual for.
ResponderExcluirAchei interessante! Parabéns.
ResponderExcluirpura dignidade! super apoio ... pena q aqui não vai ter ... pelo menos eu acho ...
ResponderExcluirOlha, eu apoio antecipadamente e incondicionalmente qualquer movimento que denuncie e combata qualquer desigualdade, seja ética, sexual, religiosa, de classe social ou contra qualquer tipo de violência. Mas, sinceramente, não tinha outro nome menos depreciativo para dar pra esse movimento? Se querem respeito e dignidade, então vamos começar por nós mesmos. MARCHA DAS VADIAS? VAGABUNDAS? Faça-me o favor!
ResponderExcluirFrederico:
ResponderExcluirVadia's club....kkkkkkkkkkkkkk.
Superapóio.
Abraços e linda semana.
Oi Frederico, tudo bem?
ResponderExcluirMenino legal esse movimento, só ñ gostei do nome, mas isso é um detalhe né? kkkkk
Pois é menino, minha mãe é meu tudo pra mim, rsrs.
Bjo
Adoro mesmo o blogue.
ResponderExcluirBom para quem questionou o nome marca das vadias, eu não tenho certeza, mas entendo a vadia como a forma que a sociedade caracteriza as mulheres que tomam atitudes que são reprovadas para as mulheres mas tidas como super normais para os homens. Como por exemplo, um homem ficar com várias mulheres é normal, mas uma mulher ficar com vários homens e fazer sexo com que ela quiser é vista como vadia, na verdade essa mulher está sendo livre, fazendo o que quer com seu corpo, acho que por isso da frase se ser livre é ser vadia somos todas vadias
ResponderExcluirGostei do movimento e achei uma boa forma de expressar a indignação, mas concordo com a galera o nome poderia ser outro...
ResponderExcluirAbraço
A explicação faz sentido: "se ser livre é ser vadia somos todas vadias" rsrs...
ResponderExcluirDesde antigamente o termo "VADIO" ou "VADIA" era dado a pessoas que não estavam nem ai com o trabalho ou que vivam as custas de outra pessoa. Depois esse termo começou a ser usado pela galera mais jovem para definir mulheres que não davam valor a seu corpo, vendendo-o e desta forma contribuindo para que a imagem da mulher fosse degradada. Será que estou tão errado assim? Desculpe, mas VADIA ou VAGABUNDA não cabe para definir mulheres dignas e guerreiras em busca de dignidade, respeito e seu lugar na sociedade.
ResponderExcluirAhhh só para lembrar....dias desses eu fiz um comentário nesse blog e usei o termo "homossexualismo". Eu fui quase crucificado pelado e de cabeça pra baixo por que esse termo remete a "doença", e agora usam o termo VADIA num movimento com um propósito tão nobre? Ora, para quem não sabe o sufixo ISMO é grego e remete não só a doença, mas também fenômeno linguistico, relgião, esporte, ideologia, etc. (vide wikcionário). Agora veja o que fala sobre VADIA (http://pt.wiktionary.org/wiki/vadia).
ResponderExcluirApoio total essa manifestação!!
ResponderExcluirMinha presença está confirmadíssima, chega de machismo e viva a liberdade feminina.
ResponderExcluirBom meu querido Ethan202, só posso concluir que vc é machista e IGNORANTE, já que não consegue entender o significado do por que marcha das vadias. É uma pena, ainda mais por você ser gay e viver em uma sociedade machista e se fazer tão machista quanto ela...
ResponderExcluirNão consigo entender porque o nome Vadia/Vagabunda causa tanto constrangimento. Não era o termo gay também um xingamento que buscava depreciar as pessoas? E este foi ressignificado e reconstruido como uma identidade de luta pelo próprio movimento, hoje, Gay? É isso que está sendo feito atualmente com o termo Vadia/Vagabunda que é geralmente usado como um xingamento/depreciação aquelas mulheres que decidem sobre seus corpos
ResponderExcluire não os utilizam da forma como é esperado delas na sociedade patriarcal. É por isso que se ser livre é ser vadias somos todas Vadias. Incluso essa sapatão que vos escreve!