Mostrando postagens com marcador Homoafetividade e Informação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Homoafetividade e Informação. Mostrar todas as postagens

16 outubro 2012

Sim, eu gosto

8 comentários
Dieison Marconi
 Semana passada fui passar alguns dias na casa dos meus pais, e andando pela rua com fones de ouvido e caminhando com meu jeitinho especial de ser, um guri  que deveria ter cerca de nove ou dez anos de idade, parou em minha frente com sua bicicleta, e disse:
- Meu amigo me disse que tu é mulher.  Tirei os fones de ouvido para ouvi-lo melhor, e respondi com naturalidade:
-Não, eu não ou mulher. Eu sou gay.  E ele com uma expressão de espanto diante de tal  afirmação e da possível  semântica que o termo gay teria pra ele, me indagou: 
-Tu é gay?Mas tu não pode ser gay... 
-Sim, eu posso. Rebati. 
-Então tu gosta de homem?
-Sim, eu gosto. Aí, ele rindo pra mim como se não acreditasse no que tinha acabado de ouvir, saiu andando com sua bicicleta, e eu segui também. Segui rindo da situação ao perceber  como uma criança de 10 anos de idade já tem uma opinião completamente formada sobre a homossexualidade, de que esta é suja, feia, imoral e deve ser evitada por que ser algo inteiramente vergonhoso. Obvio que esta criança não criou essa impressão sozinha:  certamente seus pais contribuíram e muito. Seus amiguinhos, que também foram influenciados por alguém mais velho, também contribuem.  A escola, na omissão de não debater temas como estes na na mais tenra idade, também contribui. Este menino que me parou na rua deve ter uma imagem tão horrível do que é ser gay que chegou a me dizer: "tu não pode ser gay." Novidade nisso tudo? Nenhuma, muito pelo contrário. Só constatei o que todos nós  já sabemos. Que nenhuma criança nasce achando que ser homossexual é sinônimo de uma doença, mas que ao ser parida, já está destinada  a acreditar em tal ideia, pois famílias, amigos,  escolas, mídia,  igrejas e estado já estão ali, altamente poluentes, prontos para formar e dizer qual comportamento é certo e errado, o que deve ser evitado, o que devem discriminar, o que devem julgar e excluir.  Agora substituo a criança que acusa e discrimina pela criança que é acusada e discriminada  e chego a conclusão de que uma criança homossexual já nasce em um verdadeiro território de inimigos, e que ela não tem como proteger-se sozinha. Alguma novidade nesta última constatação? Não, nenhuma também.  Mas também fiquei pensando que ao afirmar naturalmente pra aquela criança que sou gay, será que não plantei uma sementinha da dúvida sobre o que ela que acredita ser gay até o momento? 
 Mas nem tudo está perdido, e não falo somente das conquistas que nós LGBTs temos alcançado nestes últimos anos, como por exemplo o fato de o Rio Grande do Sul gerar carteira de identidade social para transformistas e travestis,  fato do STF reconhecer a união homoafetiva no Brasil e do estado da Bahia que legalizou o casamento civil homoafetivo  semana passada. (Alias pessoal, não que eu queira casar, mas estou solteiro, ok?)  Falo que nem tudo está perdido, pois, já que  este mês é o mês das crianças, fiquei a pensar que seria muito mais bonito se aquele  guri que me parou na rua  me dissesse algo como as crianças do vídeo abaixo, e principalmente, tivesse um pouquinho das mesmas ideias.   
O vídeo tem pouco mais de dois minutos e é uma edição do Fala piá- tv Brasil, que explora a diversidade cultural de crianças em todo o Brasil. É o momento em que meninos e meninas seguram o microfone e falam dos mais variados assuntos, assumindo o controle do programa. Confesso que, ao ouvi-los falar me dá uma esperança enorme em mundo mais tolerante  e sem preconceitos, de que crianças não se tornem adultos intolerantes, preconceituosos e homofóbicos.  E que outras  crianças, no futuro, não se tornem  vitimas dessa mesma homofobia. 
E agora, olhem a a reação dessa outra criança ao se deparar com um casal de homossexuais, e principalmente, a sua conclusão final:  

16 agosto 2012

Tá cada vez mais down, down, down

15 comentários

Dieison Marconi          

Há dias em que nada faz muito sentido, e pra mim, já há meses com a minha universidade em greve, estou  tão frustrado com a desatenção que a  educação pública tem recebido que parece hipocrisia da minha parte aceitar um convite de uma antiga professora de ensino médio pra falar com os atuais formandos do terceiro ano sobre Enem, vestibular, ProUni, vida acadêmica, formação profissional, etc.  Parece hipocrisia pois no momento em que fui convidado, pensei:  o que eu vou falar pra esses alunos? Que é importante estudar, galgar sonhos, entrar para uma universidade, lapidar conhecimento, formar-se, e vou até fazer uso daquele clichê que ouvi durante esses meus 19 anos de existência: ser alguém na vida. Falar isso tudo quando estou estudando em uma universidade federal que está com quase três meses em greve, enquanto o governo federal, no auge de sua intransigência, fecha a mesa de negociações, tenta cortar o ponto  dos professores grevistas, ignora o movimento, não atende as exigências do funcionalismo público, pensa apenas em expandir universidades sem estrutura física e humana qualificadas, deixa milhares de alunos sem aula, cerca de 100 universidades e institutos federais em greve, entra em acordo com apenas uma entidade que não representa a categoria dos professores, acha a greve dos docentes algo precitado e não cumpre suas promessas.
Como eu vou falar que educação é importante pra eles quando o próprio governo federal não faz da educação  sua prioridade, mesmo sendo essa um de seus  principais discursos durante sua campanha eleitoral em 2010, quanto temos de travar uma luta pra conseguir, vejam bem, pra conseguir destinar míseros 10% do PIB ao sistema educacional?!  Assim, quando recebi o convite, parecia-me, a todo o momento, que eu não acreditava mais no que eu tinha de lhes dizer. 
Mesmo assim, fui ter a conversa tentando acreditar que a educação, apesar de defasada, vá lá, quem sabe ainda possa  nos abrir os olhos pra não acreditarmos em tudo que nos dizem,  para  não sermos enganados como estamos sendo nesses meses em que temos 33 categorias de trabalhadores em greve, com 300 mil servidores públicos paralisados e o governo diz que atender suas exigências pode quebrar a economia do pais.  Por favor, Ministério da Educação, Ministério do Planejamento e Sra Presidenta, não nos façam de idiotas, não pensem que podemos acreditar nestes argumentos falaciosos, nestas palavras endossadas de hipocrisia, afinal, é como questionou Muniz Sodré esta semana na Carta Capital:  “estas palavras não aparecem nos discursos oficiais sobre os preparativos para a Copa do Mundo ou para as Olimpíadas. Num país que dispõe (neste mês de Agosto) de 376 bilhões de dólares em reservas, paga em dia a dívida externa e é credor do Fundo Monetário Internacional, não se podem invocar os álibis da crise mundial e seu agravamento, mesmo com a redução do PIB.”   
Ok, mas eu fui lá  ter a conversa com os vestibulandos, fomos eu e uma colega.  Resultado: eu não devia ter ido, e no final, além de não estar acreditando no que eu mesmo dizia, voltei pra casa mais desapontando ainda. Por qual motivo? Poucos foram os alunos interessados no que dizíamos, a maioria simplesmente passou cerca de uma hora rindo descaradamente de mim, da minha voz, da minha gesticulação. Os rapazes me olhavam, falavam baixo uns com os outros e riam, simplesmente riam... algumas meninas faziam o mesmo.  Eu ignorei, falei até o final, prestei atenção no que minha colega falava pra aproveitar os ganchos e acrescentar algo mais, no entanto, foi uma situação tão desconfortável, que por vezes, tudo que eu tinha pra falar, se perdia...  De repente, eu só via eles rindo a cada gesto (efeminado) que eu fazia, cada vez que eu abria a boca e falava (com minha voz efeminada), afinal, nada mais justo do quer rir de um gay, não é?! Fiquei me perguntando qual seria a minha expressão facial diante de tudo aquilo. Havia tempo que eu não passava por isso, e confesso, me desestabilizou. 
Foi nesse momento que eu lembrei também  das políticas públicas vetadas pelo governo federal quando pretendiam trabalhar o respeito para com a diversidade de orientação sexual na escola.  O pior: esta escola foi onde eu me formei no ensino médio, onde eu já tinha passado por situações semelhantes. E pior ainda: parece que nada mudou. No final, recusei a carona que uma ex professora me ofereceu até em casa, pois  não queria  falar com mais ninguém, saí na rua e acabei tomando um banho de chuva, fiquei com tanta raiva que ao chegar em casa, desabei chorando, amaldiçoei a escola, aquela gente, a minha cidade natal, enquanto minha irmã me consolava.  Ser motivo de riso por ser gay nunca foi novidade pra mim, mas com as pessoas que eu vivo e convivo atualmente, fazem com que há muito eu não passe por isso.  
Pensei também que a minha sorte é que eu me aceito como gay, estou bem grandinho e sei que esta discriminação não tem qualquer correspondência com verdades históricas ou sociais, apesar de ter chorado frente a situação. Mas e um adolescente ainda no armário por pressões externas, como vai reagir se passar por algo semelhante? Como vai conviver com esses colegas? Sabemos que há aqueles que ( dando um exemplo  radical, mas nem por isso menos verdadeiro) se suicidam ao passar por experiências discriminatórias. Onde, me respondam, onde há políticas públicas para combater o preconceito, a homofobia, a discriminação na escola? Como esses adolescentes vão aprender a conviver e a respeitar as diferenças? Onde ficou perdido o poder transformador da educação, em? Ficou perdido junto a uma remota greve onde o governo ignora totalmente que a educação básica chegou ao fundo do poço ou na subserviência de nossa presidente para com a bancada evangélica? Alias, é no fundo do poço que o governo quer colocar a educação superior, também?
 Eu espero que toda essa minha desilusão seja algo de momento. Quem sabe, naquela Segunda feira, eu só tenha acordado mais sentimental do que de costume.  Só quero que essa greve acabe de uma vez, que eu possa voltar logo pra cidade onde fica a minha universidade. E num desejo mais coletivo: que um dia tudo mude, pra melhor. 

12 julho 2012

Maria nem sempre vai com as outras!

13 comentários
Dieison Marconi
         Sempre imaginei que há cristãos que remam contra a maré e não partilham do mesmo ideal de fieis que pregam o amor de um Deus, e em contrapartida, condenam toda a comunidade LGBT por um comportamento avesso a heteronormatividade, desencadeando assim, reações de ódio e  intolerância contra os mesmos, seja no púlpito de suas igrejas, seja fazendo uso de um sistema democrático para “legislar” contra o pluralismo, ou ninguém aí ouviu falar do projeto Cura Gay? 
        O cristianismo sempre foi sexofóbico: um homem e uma mulher não podem fazer sexo por prazer, mas sim para procriar, assegurar a existência da espécie. Quero saber quantos pastores evangélicos pensam o mesmo quando estão na cama com suas esposas.  Por que não usar preservativo na relação sexual? Por que sexo apenas para procriar e não pelo prazer? Por que essa dominação do corpo de homens e mulheres? Por que essas regras de como devem se comportar? Michel Foucault, meu queridinho das aulas de Comunicação e Pensamento Contemporâneo já dizia: “nada é mais físico, nada é mais corporal do que o exercício do poder (..) antes de colocar a questão como da ideologia, não seria mais materialista estudar  a questão do corpo, dos efeitos de poder sobre ele?!" 
         Agora, se um homem e uma mulher em uma relação sexual ( que pode gerar filhos) não podem transar por prazer, oh meu Deus, e dois homens ou duas mulheres, então? Lugarzinho certo e bem merecido no inferno! Não meus  caros, nem todos os cristãos pensam assim! E no vídeo abaixo, apresento-lhes o pastor evangélico Alexandre Marcos Cabral. O discurso de Cabral me deixa alegre  sim, pois são palavras que defendem a naturalização da homossexualidade, e que dessa vez, não partem de nós LGBTs, mas sim do meio cristão, quando muitos destes, nos julgam imorais, sujos e indignos. Prestem atenção nesses dois trechinhos da entrevista que ele cedeu ao Conexão Jornalismo:
Sobre o projeto Cura Gay proposto pela Bancada Evangélica 
“Não consigo entender como uma pessoa consegue ler a bíblia, falar que tem uma fé profunda em cristo e ao mesmo tempo ela consegue dizimar, perseguir filhos, parentes, amigos, por causa dessa condição sexual que é avessa à sua e legitimar isso em nome desse Cristo que nem tocou nesta questão e, pior ainda, toda a moralidade dele ta baseada, justamente, não na tolerância – porque a tolerância é um ódio bem administrado – mas no respeito e numa valorização da diferença.”
O que ele diz sobre a  Bíblia, seus dogmas e conceitos 
 “A bíblia manda matar o homem que não tem barca, pessoas que comem crustáceos, as mulheres que ficam menstruadas devem ficar em casa o dia inteiro até 7 horas da noite, se tocarem na parede, mais 7 dias... Tudo isso tá na bíblia, por que as pessoas não seguem? Eu não vejo nenhuma mulher trancada em casa porque está menstruada e não me consta que nenhum pastor faça isso com suas mulheres e deixem de raspar a barba porque leem esses textos, e esses textos, por sinal, estão ao lado do texto que fala contra a relação entre homossexualidade e idolatria.  
Se a gente for levar ao pé da letra, então ta na hora da gente dizimar metade dos homens da humanidade porque fazem a barba e mais ainda uma grande parcela da humanidade porque comem crustáceos.
Vejam o vídeo da entrevista, que tem  apenas 12 minutos. 


18 junho 2012

Meninos de Rosa, Meninas de Azul

14 comentários
Outro dia estava olhando o blog do Alexandre (Do Avesso) e vi esse documentário, Meninos de Rosa, Meninas de Azul. Achei ele muito bom, e por isso resolvi compartilhar aqui no blog.

19 abril 2012

Tarefa escolar: pra não dizer que não falei de diversidade sexual

12 comentários
Dieison Marconi 
@Dieimarconi

Ensino médio. Conversas durante intervalo, corredor tumultuado. Acho que eles se encontraram Lendo Nietzsche. Um em cada banco, depois de um lanche seco no refeitório onde não haviam se cruzado. Olharam um para a capa do livro do outro e riram, pela coincidência. Eu que também lia livros, talvez estivesse deixando de acreditar que iria encontrar alguém lendo Nietzsche, e assim, não iria poder dizer: foi Nietzsche que nos uniu.  Mas o que iria dizer mesmo, é que senti uma ponta de inveja ao ver aqueles dois meninos iniciando uma espécie de namoro, de se encontrarem pela capa do livro como dois pássaros que encontram o mesmo ninho e resolvem dividi-lo para o bem dos dois, um contrato social via capa de livro.”  

     A pequena narração acima é crônica. Crônica em um sentido um tanto doentio da palavra, já que em uma escola e principalmente em uma sociedade que se diz gozar de modernidade e ideias a frente de seu tempo, aqueles que partilham de uma vivência da sexualidade que não se enquadra no rótulo heteronormativo, no mínimo, são considerados doentes. É doente também, e esta doença não se restringe somente a opiniões pessoais e preconceituosas, mas sim a uma inaceitável negação aos direitos humanos de que toda e qualquer pessoa, independente de seu credo, cor, classe, etnia e orientação sexual merece dignidade, segurança e respeito.  Para lembrar que direitos humanos ainda existem, quanto ainda será necessário ratificar que a adolescência é uma idade de descoberta e que nisto, a sexualidade implica naturalmente em orientações diferentes, seja ela bissexual, homossexual e  heterossexual? Quanto ainda será necessário também, listar mais e mais casos de jovens e adolescentes que sofreram alguma forma de repressão dos colegas devido a sua orientação sexual, e que isso, resulta em mortes   ou  causa transtorno ao adolescente e a toda família ?!
   Tais casos tem sido noticiados a exaustão e nada  ou muito pouco se tem feito para o reparo da homofobia nas escolas, pois por mais que entidades defensoras dos direitos LGBTS tem  lutado fortemente pelos mesmos, temos pouca representatividade no governo e temos um governo que não perece tão preocupado com questões referentes a  homofobia.
        Quantos jovens, meninos ou meninas durante sua vida escolar podem dizer-se homossexuais e sentir-se homossexuais com todo o direito a sê-lo sem sofrer represálias ou discriminações? Tanto se tem gastado e abusado do termo bullying, mas na prática, o que realmente tem sido feito para debela-lo e promover o respeito a diversidade sexual no âmbito escolar? O que tem se visto, são retrocessos que apenas subjugam adolescentes homossexuais a uma total insegurança e hostilidade: câmera no Rio de Janeiro tenta aprovar projeto que proíbe material didático que trabalhe diversidade sexual nas escolas, veto ao kit anti-homofobia, veto ao vídeo educativo voltado ao publico homossexual no carnaval, bancada evangélica encampa projeto cura gay, entre tantos outros atos e discursos homofóbicos abastecidos por ideias extremistas e religiosas que ignoram qualquer menção de direitos humanos.
               Ainda assim, quanto ao combate a homofobia nas escolas,  é e será necessário perguntar a nossa presidenta Dilma Rousseff, se combater a homofobia não significa reconhecer que qualquer orientação sexual não heteronormativa  é tão digna de respeito quanto a heterossexualidade? Lembrar, também que, quando a mesma afirma que o seu governo “combate a homofobia, mas não propagandeia qualquer opção sexual”, parece que nos diz que  a homossexualidade é uma espécie de defeito ou algo vergonhoso e que não há nada de positivo na mesma. E tal como outros “deficientes”, gays devem ter seu “problema” tolerado. Diante de tal afirmação, a figura de guerrilheira e presa política da Dilma de outrora, já não lhe cai tão bem: o governo desta é subserviente aos evangélicos, como se repetisse o discurso nauseante de pastores ou padres: o pecador deve ser amado, mas não o seu pecado, ou seja, gays podem ser acolhidos, mas não a sua homossexualidade.  
    Quantos alunos de 16 anos no ensino médio, independente de ser homossexual ou heterossexual terá senso crítico  o suficiente para perceber que um não deve sentir-se  humilhado pelo que se é e que o segundo não deve reprimir o primeiro devido a uma diferença que até então foi marginalizada por um seio  social preconceituoso? Quantos alunos podem chegar em casa sem culpa alguma de sentir atração pel@ colega do mesmo sexo e até introduzir na família, uma maior consciência, respeito e tolerância com a diversidade sexual? E não é função da escola formar não apenas alunos, mas sim alunos com consciência crítica frente às realidades da quais comunga? Ao não permitir uma educação sobre diversidade sexual da escola, sendo ela necessária para formação de uma sociedade justa e equilibrada, onde a lecionarão então? Na rua que não vai ser, pois é justamente devido a esse déficit educacional que rua é lugar de homofobia escancarada, agressão e espancamento.  

PS: A próxima coluna vai unir duas coisas muito boas! Homem e Música Popular Brasileira. Até lá.  

11 outubro 2011

Feliz triste dia das Crianças

8 comentários
Tá ai a minha homenagem para o dia das crianças. Exército revistando as crianças no complexo do alemão!!!
Queria aproveitar para dizer para quem colocou a fotinho de desenho no perfil do facebook, que só isso não adianta, não basta apenas se conscientizar. Depois da conscientização tem que vir a ação, é nessa hora que você que acha lindinho a sua foto de thundercats levantar a bunda da cadeira e partir para a ação, por que o mundo real está lá fora, está lá no complexo do alemão.
Gostaria de perguntar também qual vai ser a referência dessas crianças, pois enquanto muito de nós cresceu em uma casa confortável e rodeados por brinquedos, essas crianças crescem cercadas pela violência, por armas e pelo exército tratando-as como marginais e delinquentes. 
A História é marcada por mudanças e continuidades, infelizmente nem toda mudança é para melhor e nem toda continuidade é boa, é só voltarmos para o início do século XX no Brasil, quando ser pobre era sinônimo de classes perigosas, que deveriam ser reprimidas e controladas. Me parece que essa é uma das continuidades, muito embora hoje exitem ajudas assistenciais para os pobres, o que não existia no início do século XX. Porém o que percebe-se é que ser pobre e principalmente ser pobre e negro continua sendo sinônimo se não de classes perigosas, mas pelo menos de classes esquecidas, pois ajuda assistencial não se deve fazer apenas com dinheiro, mas sim com educação, cultura e principalmente humanidade. 
Muitos podem dizer: Ah mas é preciso revistar essas crianças, porque elas podem estar servindo de "mulas" para o tráfico. Isso é verdade, dada o situação social que elas se encontram e no contexto da favela, elas podem sim estar servindo de "mula" para o tráfico, mas o que não deveria era essa atitude de colocar as crianças contra a parede de mãos erguidas e o exercito com fuzis nas mãos tratando-as como marginais. E não vamos ser ingênuos de acreditar que o tráfico está apenas na favela, queria ver se fossem crianças de bairros de classe média alta tendo esse tratamento, provavelmente seria um escândalo na mídia. 
Feliz dia das crianças para você, já que muitas não terão um dia feliz!!!  

19 setembro 2011

Apelo mundial para libertação de homossexuais presos nos Camarões

5 comentários

Jornais sensacionalistas de Camarões começaram a publicar listas e fotos de políticos, empresários e músicos supostamente gays, em um movimento contra o comportamento homossexual liderado pelos editores. Vendedores de rua têm sido forçados a vender fotocópias da última edição do tablóide semanal L''Anecdote, que se esgotou em horas no início desta semana depois de publicar a última lista com mais de 50 nomes, incluindo importantes autoridades governamentais. "Homem fazendo amor com outro homem... é obsceno. Isso pode ser normal no Ocidente, mas na África, e em Camarões em particular, isso é impensável", disse o publisher do L''Anecdote. A homossexualidade é ilegal em muitos países da África, incluindo Camarões, e é com frequência condenada publicamente como comportamento "não-africano". Em algumas crenças tradicionais, os homossexuais são considerados amaldiçoados ou enfeitiçados. A relação com uma pessoa de mesmo sexo leva a uma pena de seis meses a cinco anos na prisão e multa de até 370 dólares, segundo a lei camaronesa”.

Essa informação foi publicada no portal do Terra em 2006, mas parece que pouca coisa mudou por lá, pois está circulando pela internet uma campanha da advogada Alice N’Kom, uma das das poucas advogadas dos Camarões que defendem pessoas que foram presas pelo “crime” de serem gays. Nesse site aqui http://www.allout.org/pt/actions/cameroon está rolando uma mobilização mundial pedindo para o presidente dos Camarões libertar os homossexuais presos. Eu acredito que é muito importante a comunidade gay brasileira mostrar solidariedade participando desse abaixo assinado e divulgar essas atrocidades que ocorrem em alguns países africanos. 

28 julho 2011

Homofobia na televisão

1 comentários
Após refletir sobre violência e preconceitos na mídia, passei a observar e perceber esses episódios diariamente, tendo observado que são raros os programas que não mostram violência ou que não fazem humor com alguns preconceitos, e dessa forma banalizando algo que deveria ser respeitado. Podemos tomar como exemplo o seriado Macho Man, transmitido pela rede Globo, o qual tem como protagonista um “ex gay” cabelereiro que de um dia para outro deixa de ser gay, como se ser gay fosse uma opção igual a de trocar de roupa. Deixar de ser homossexual virou algo normal em novelas ou seriados da Rede Globo, isso cria em seu público a mentalidade de que ser gay é apenas um desvio comportamental, mas que a qualquer hora o individuo pode mudar a sua opção sexual. Ninguém escolhe ser gay, o individuo nasce gay.
Partindo dos conceitos do entomologista Alfred Kinsey, características pessoais como a cor dos olhos, fazem parte do conjunto de tantos outros traços já definidos por questões ambientais e hereditárias do indivíduo. Olhos negros ou azuis, ser destro ou sinistro, são variações dentro de um continuum de características possíveis, que se tornarão traços personalizados desse sujeito, essas são características próprias de cada indivíduo, não é uma questão de escolha. Desta forma, Kinsey defende a teoria de que “a preferência sexual é determinada biologicamente e ainda no útero – o que faz da homossexualidade uma variação da sexualidade”, da mesma forma que as outras características mencionadas.
Bom essa é minha opinião e concordo com Kinsey, e você o que pensa sobre tudo isso? 

26 junho 2011

Índios do Xingu na Parada Gay: compreesão pelas diversidades

15 comentários

Índios da tribo kalapalo, do Alto Xingu (MT), aterrissaram na Parada Gay de São Paulo neste domingo (26) para protestar contra a construção da usina de Belo Monte.
Ao contrário de muita gente que usou fantasia na festa, os índios trajavam suas vestes costumeiras. “A gente veio lá do Alto Xingu para que as pessoas saibam o que é Belo Monte. Muita gente não sabe. A Parada Gay é o melhor lugar para chamar a atenção de São Paulo”, disse a índia Samy Kalapalo.
Ela, o pai e outros índios estavam convocando as pessoas para um protesto no dia 20 de agosto na mesma Avenida Paulista.
“Assim como os homossexuais são rejeitados, nós índios também sofremos preconceito”, afirmou Kuana Kalapalo" Fonte: G1.globo.com 

 Achei super bonitinho os índios participarem da parada gay, mesmo defendendo seus interesses e não os intenses homossexuais, porém eles compreendem a discriminação; o simples fato dessa aparição mostra que não possuíam preconceitos contra homossexuais. Fiquei muito surpreso com a compreensão dos índios do Xingu pelas diferenças.

05 junho 2011

Ministério da Saúde mantém proibição a gay de doar sangue

4 comentários
O Grupo Matizes e a Liga Brasileira de Lésbicas receberam ontem ofício do Ministério da Saúde, com a informação de que será mantida a restrição à doação de sangue por homens gays e bissexuais, prevista na RDC 153/2004. Segundo o documento, "estudos epidemiológicos recentes, publicados pelo Ministério da Saúde ainda consideram o alto índice de prevalência do HIV nessa população, o que caracteriza risco acrescido." 

Ministro Alexandre Padilha e grupo Matizes

O ofício é uma resposta do Ministério à solicitação feita pelo Matizes e pela LBL ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no sentido de que fosse rediscutida a proibição imposta pela ANVISA aos homens gays e bissexuais. Quando esteve no Piauí, em fevereiro deste ano, Alexandre Padilha assumiu o compromisso com os militantes do Matizes e da LBL que convocaria as áreas técnicas do Ministério para rediscutir o tema, que é polêmico, havendo, inclusive, questionamento na via judicial.

Desde 2006, tramita na Justiça Federal uma ação civil pública, com o objetivo de que a proibição de doação de sangue por homens gays e bissexuais seja declarada ilegal. A ação foi proposta pelo Ministério Público Federal, depois de uma representação do Grupo Matizes.

Para Herbert Medeiros, do Grupo Matizes, a resposta do Ministério da Saúde para a manutenção da proibição aos gays e bissexuais não é convincente e, por isso, as entidades LGBT continuarão na luta objetivando a revisão da Portaria da ANVISA. "Continuaremos a campanha 'Nosso sangue pela igualdade', que o Matizes e a LBL lançaram no início deste ano”, afirma o militante.

O Matizes e a LBL já estão preparando mais um ato no Hemopi, para protestar contra a proibição da ANVISA. Essa ação deve ocorrer em data próxima ao 14 de junho, que é o Dia Mundial do Doador de Sangue: “Na ocasião, além do protesto, estaremos nos juntado a nossos parceiros para doar sangue no HEMOPI, a exemplo do que fizemos em janeiro deste ano”, informa Marinalva Santana, articuladora da Liga Brasileira de Lésbicas no Piauí.

Bom se é um grupo de risco, dá para se entender essa restrição né, claro que não deve ser generalizado muitos gays são saudáveis e poderiam doar sangue e salvar vidas.

28 maio 2011

Greenwich Village: o que esperar do movimento gay hoje

4 comentários
Em 28 de junho de 1969, no bairro Greenwich Village,  em New York, aconteceu o fato que marcou o início do movimento homossexual organizado. Naquele dia, frequentadores do bar gay Stonewall Inn resolveram dar um basta à violência das batidas policiais no local e reagiram, em igual medida, ao tratamento a que eram submetidos. 
Era comum, à época, que homens e mulheres gays, travestis, drag queens, ou qualquer outro cliente fossem levados em camburões às delegacias e fichados, mesmo que não tivessem desrespeitado qualquer lei, simplesmente por estarem nos arredores de boates ou bares de homossexuais. Muitos perdiam os empregos ou sofriam outras formas sérias de discriminação ao terem sua identidade secreta descoberta pela sociedade. Mas naquele dia os frequentadores resolveram reagir.  Uma drag queen foi jogada dentro de um carro de policia e revidou empurrando o policial. Isso teria dado início a uma reação violenta à ação policial. 
Naquela noite, palavras de ordem, como "Sou homossexual e me orgulho disso" e "Eu gosto de rapazes"  foram gritadas por um número crescente de pessoas por várias ruas do bairro. Foi a primeira vez que um grupo de homossexuais resistiu publicamente à discriminação. O termo "orgulho" passou a representar o sentimento da comunidade. 
Em 1970, o dia 28 de junho foi comemorado nas ruas de New York, por um ano desde aquela primeira noite de resistência. E o dia 28 de junho foi eleito como o dia internacional do orgulho gay. 
E hoje o que podemos esperar do movimento gay? No Brasil temos a parada gay com aproximadamente 3 milhões de participantes comemorando o que? 
Comemorando a sociedade preconceituosa e arcaica em que vivemos? A intolerância por parte do governo que não garante direito a todos?  Aos vários homicídios ou aos gays espancados? A liberdade de expressão???
Ai eu pergunto a você leitor o que podemos esperar? 

22 maio 2011

Casamento gay nos EUA

3 comentários
Eu não confio muito em pesquisas, acho isso tudo muito relativo e complicado pegar, por exemplo, mil pessoas e apontar que as suas respostas são parâmetro nacional, mas o fato é que uma pesquisa do instituto Gallup, publicada na sexta-feira, apontou que 53 por cento dos norte-americanos apoiam o casamento gay. O resultado indica uma reviravolta em relação a uma sondagem realizada há um ano, quando havia empate entre os que eram favoráveis e os contrários ao matrimônio de pessoas do mesmo sexo. O resultado está em linha com duas pesquisas nacionais realizadas neste ano e que mostraram que o reconhecimento do casamento gay conquistou a maioria da população nos últimos meses.
O Gallup disse que os democratas e os independentes politicamente foram responsáveis pela mudança em relação ao ano passado, quando apenas 44 por cento de todos os entrevistados eram favoráveis ao casamento gay, contra 53 por cento dos que eram contra. A porcentagem dos republicanos que apoiam a união ficou estável em 28 por cento. 
O casamento de pessoas do mesmo sexo continua sendo um assunto muito discutido na política norte-americana, mas os casais homossexuais conquistaram o direito ao casamento gay em cinco Estados: Massachusetts, Connecticut, Vermont, New Hampshire e Iowa, além da capital, Washington. Em um sinal da mudança de gerações, o Gallup revelou que 70 por cento das pessoas entre 18 e 34 anos apoiam o casamento gay, contra apenas 39 por cento daquelas com mais de 55 anos.
Uma pesquisa realizada em março pelo jornal The Washington Post e a rede ABC News, apontou que 53 por cento dos norte-americanos achavam que o casamento gay deveria ser legalizado. Em uma sondagem da CNN, em abril, esse número ficou em 51 por cento.
Apontando a opinião da grande maioria do país ou não, pelo menos essas estatísticas mostram que uma parte da população está mudando, e isso é muito legal, pois os EUA a tempo vinha sendo notícia por bullying homofóbico, suicídios no meio GLS e intolerância pelas diversidades.  Bem que essas mentalidades abertas de preconceitos poderiam chegar aqui no Brasil também. 

20 maio 2011

Voltando ao Para Lady's

3 comentários
Oi pessoas, demorei mas voltei!!! minha viagem foi ótima, muito frio, muita badalação, glamour, e sucesso. Ok é tudo mentira, fui para um evento academico ministrar uma oficina, estou morto de tanto andar na cidade em que estive e não peguei ninguem, só uma gripe, mas pelo menos a minha intelectualidade foi reconhecida, eu acho... Mas enfim fantasiar não custa nada ahsuahuahuahsau

Bom como estou cansado e com muita preguiça, simplesmente copiei uma matéria do UOL

Deputado gay diz conhecer "colegas no armário" e critica pioneiro Clodovil


Na semana marcada pelo Dia Nacional de Combate à Homofobia, parlamentares antigos no Congresso Nacional repetiram a mesma palavra para se referir ao deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ): "surpresa". Novato na Câmara, o professor baiano que se tornou conhecido em 2005 no reality show "Big Brother" já é um dos principais líderes do movimento homossexual no país. Para ele, a causa ganharia força se outros colegas assumissem sua orientação sexual.
Em entrevista ao UOL Notícias, Jean diz também que Clodovil Hernandes, morto em 2009 e primeiro deputado abertamente homossexual, tinha "homofobia internalizada", o que muitas vezes o colocava contra as bandeiras do movimento. Mas pondera que não cobrava dele nem de nenhum parlamentar que se transforme em porta-voz dos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), embora torça para que outros colegas revelem sua homossexualidade.
"Eu respeito a decisão de cada pessoa. Cada um tem seu próprio tempo. Elas não precisam igualmente implodir o armário e abrir relação ao mundo, podem manter sigilo", disse Jean, eleito com 13 mil votos no Rio de Janeiro. "Eu identifico outros homossexuais aqui [no Congresso]. Mas não quero forçosamente denunciá-los nem tirá-los do armário. Pelo contrário, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Não cabe a mim dizer quem é."

É o que eu sempre digo existe gay em todo lugar, onde você menos desconfia, porém sempre escondidos.

14 maio 2011

A ignorância não tem fim!!!

10 comentários


"O PLC 122/2006, conhecido com “Lei da Homofobia”, foi desarquivado no início de fevereiro de 2011 pela senadora Marta Suplicy, com a ajuda anônima de 26 senadores.
Os senadores não quiseram se identificar porque estão cientes da impopularidade de tal Projeto de Lei, que instala uma verdadeira perseguição religiosa, e coloca num mesmo patamar os direitos dos idosos, crianças e deficientes, e a prática homossexual, que é um vício contrário à Lei de Deus.
Não podemos aceitar que imputem a nós, cristãos, a categoria de discriminatórios, apenas porque obedecemos os Mandamentos. Não podem nos colocar na cadeia por seguirmos nossa consciência.
Precisamos reagir o quanto antes contra este Projeto de lei.
O Brasil cristão é contra o PLC 122/2006." 
Um trecho da carta protesto contra a aprovação ao PLC
"Com efeito, a “Lei da Homofobia”, se aprovada, instalará uma verdadeira perseguição religiosa em nosso País, pois tornará crime a livre manifestação dos que rejeitam a homossexualidade e não concordam com o exibicionismo homossexual".
LIVRE MANIFESTAÇÕES??? para mim espancar um homossexual não é manifestação, é selvageria pura!!!
Isso está disponível nesse site aqui, que além dessa insanidade tem uma carta pior ainda. E EU ME PERGUNTO O QUE É ISSO, ESSAS PESSOAS PERDERAM COMPLETAMENTE O RESPEITO E A DIGNIDADE, SÓ PODE!!! 

25 abril 2011

Transexual espancada no McDonald's.

9 comentários
 
As cenas são terríveis e mostram várias faces da violência humana. Uma é o ódio irracional aos diferentes, no caso uma transexual que ia ao banheiro de uma franquia do McDonald’s de Baltimore, EUA. Um ódio que por pouco não provocou uma morte estúpida. A outra face é a omissão total de quem deveria proteger clientes numa rede que se orgulha de disseminar uma imagem de bom atendimento aos clientes – e cuja direção geral também se diz chocada com o episódio.


Chama atenção que sejam duas mulheres a bater no(a) transexual. Por mais que homens protagonizem com mais frequência episódios de violência, cada vez mais mulheres se mostram publicamente agressivas e covardes. Neste caso, quase assassinas.
O caso foi o seguinte: no dia 18 de abril, na lanchonete da Kenwood Avenue, em Rosedale, Baltimore, EUA, duas jovens – uma menor de idade, de apenas 14 anos, e a outra, de 18 – atacaram e espancaram por longo tempo uma cliente de 22 anos, Chrissy Polis, sob o olhar complacente dos funcionários da lanchonete. Ouvem-se risos ao fundo. As agressoras puxam a vítima pelos cabelos, chutam, pisam, dão soco, empurram, arrastam-na pelo chão. Chamam a vítima de “dude” (traduzido para português por “macho, homem, cara” e, no caso, usado de forma pejorativa com o transexual que, diferentemente do homossexual, se considera mulher, se veste como mulher e costuma se submeter a cirurgias).
O gerente “ensaia” um protesto e pede às duas que vão embora. “Stop, stop“, limita-se ele a gritar, em vez de impedir a barbárie e chamar a polícia. As agressoras vão indo embora, mas voltam seguidamente para continuar a selvageria, sem ser bloqueadas pelos empregados. A vítima fica encolhida no chão, tenta se proteger, proteger a cabeça especialmente por medo de morrer. Somente uma senhora mais velha, também cliente, intercede vigorosamente em favor da vítima – não o staff do McDonald’s. Quando a transexual começa a sangrar e tremer no chão, os funcionários, com medo da polícia e de acabar, como dizem no vídeo, “com um corpo, um cadáver no chão”, expulsam as agressoras para que elas se livrem da prisão em flagrante.
O McDonald’s soltou um comunicado oficial. E a franquia onde ocorreu o ataque brutal apenas demitiu o funcionário que filmou todo o ataque em seu celular.
Eis a nota divulgada pela rede McDonald’s, uma das maiores interessadas em resolver isso para preservar os valores que costuma passar à sociedade em anúncios e campanhas.
“Estamos chocados com o vídeo de uma de nossas franquias em Baltimore que mostra um ataque a uma cliente. Esse incidente é inaceitável, perturbador e constrangedor. McDonald’s se empenha em ser um ambiente seguro e receptivo a todos que nos visitam. Nada é mais importante para nós do que a segurança de nossos clientes e e funcionários nos nossos restaurantes. Estamos em contato com a filial local e as autoridades para investigar o assunto”.
O responsável local pela franquia do McDonald’s está “analisando se deve punir” os outros empregados, que nada fizeram a não ser “sentar e olhar”, segundo depoimento de Chrissy, a vítima. 
 


 

24 abril 2011

Rapidinhas do domingo

1 comentários

 

Aguilera na calçada da fama gay

Christina Aguilera participou na noite desta quarta-feira (20) da cerimônia GayThe Abbey's Walk of Fame realizada em Hollywood, na Califórnia. A festa foi organizada pela comunidade homossexual que homenageou a cantora com uma estrela na calçada da fama gay por ela ser defensora dos direitos dos homossexuais.




Lei Maria da Penha é aplicada a casal gay no Rio

 Um casal gay do Rio de Janeiro teve a Lei Maria da Penha aplicada em virtude de violência doméstica. A decisão foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Estado. Com a decisão, do juiz Alcides da Fonseca Neto, da 11ª Vara Criminal do Rio, o réu precisará manter a distância de 250 metros do seu companheiro. O réu teve concedida a liberdade provisória, sem o pagamento de fiança. 
Durante três anos o casal esteve em uma união homoafetiva. Na casa onde moravam no centro do Rio, o cabeleireiro Adriano Cruz de Oliveira foi vítima de várias agressões praticadas por seu companheiro, Renã Fernandes Silva. A última ocorreu na madrugada do dia 30 de março. Silva atacou o companheiro com uma garrafa, lesionando seu rosto, perna, lábios e coxa. 
Para o juiz, "a especial proteção destinada à mulher pode e dever ser estendida ao homem naqueles casos em que ele também é vítima de violência doméstica e familiar, eis que no caso em exame a relação homoafetiva entre o réu e o ofendido, isto é, entre dois homens, também requer a imposição de medidas 'protetivas' de urgência, até mesmo para que seja respeitado o princípio constitucional da isonomia".


"Glee" e "Modern Family" recebem prêmio de grupo ativista gay

 "Glee" e "Modern Family" empataram como melhor série de TV na categoria comédia na apresentação dos GLAAD Awards no domingo, enquanto o grupo ativista que organiza a premiação homenageou programas e astros pelo avanço ao retratar gays e lésbicas na mídia.
Os dois programas, que já venceram prêmios Emmy, têm personagens e abordam temas que contribuíram para a aceitação da comunidade gay, lésbica, bissexual e transexual nos Estados Unidos, disse o principal grupo ativista dos direitos gays do país.
O concurso de moda "Project Runway" venceu o prêmio de melhor reality show na TV depois que um concorrente revelou publicamente na TV ser soropositivo no ano passado.
A atriz de TV e da Broadway Kristin Chenoweth, convidada especial de "Glee", recebeu o prêmio Vanguarda, que é entregue anualmente pelo GLAAD àqueles que aumentaram a visibilidade e a compreensão da comunidade GLBT.
Chenoweth foi escolhida por defender seu colega na Broadway Sean Hayes no musical "Promises, Promises", contra comentários publicados em um artigo de revista em 2010, que argumentava que atores gays assumidos não eram convincentes no papel de personagens heterossexuais.
Os prêmios foram apresentados em um jantar de gala em Los Angeles, organizado pelas atrizes de "Parks and Recreation" Amy Poehler e Rashida Jones.
A Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação (GLAAD, na sigla em inglês), homenageia séries de TV, filmes, jornalistas, músicos e blogueiros que retrataram de forma justa a comunidade GLBT e as questões que os afetam.
A maioria dos prêmios da mídia será entregue na cerimônia em São Francisco em maio

15 abril 2011

O Menino Velho - Eu sou gay!

17 comentários

Esse semana um grande e gostoso amigo meu, me mostrou esse vídeo e eu achei ele muito legal, tem tudo a ver com essa campanha que está rolando na internet o SIM EU SOU GAY!!! Eu gostei de tudo o que ele falou, inclusive o belo tapa na cara de muitos gay que reclamam de todo o preconceito que sofrem, mas que não fazem absolutamente nada para mudar. 
Gostaria muito que o vídeo fosse assistido até o final e que fosse passado adiante, e também gostaria de saber de vocês meus leitores, o que acharam do vídeo.

Meu nome é Douglas, e SIM EU SOU GAY, assumido. Sofro preconceitos diariamente mas nunca abaixei minha cabeça, e porque? Por que eu sou superior a pessoas preconceituosas e por que EU NÃO TENHO VERGONHA DE SER GAY!!!

09 abril 2011

Relaxa Bolsonaro - por Leonardo Attuch

5 comentários
Essa matéria foi copiada da revista IstoÉ do dia 6 de abril, e é da coluna do Leonardo Attuch, um dos poucos caras que ainda vale apena ser lido, com uma visão realmente crítica da sociedade e com uma bela opinião formada sobre os mais diversos assuntos. Antes de começar com a matéria gostaria de advertir que essa é a ULTIMA VEZ que eu falarei do Bolsonaro aqui no Para Lady's, pois todos já sabem o idiota, preconceituoso e ignorante  que ele é, quanto mais se fala dele mais ele ganha popularidade no mundo religioso, por isso sugiro a todos os blogs que acompanham o Para Lady's um boicote a ele, por  que nessas alturas acredito que a indiferença a ele é a melhor coisa que possamos fazer. Mas resolvi falar dele pela ultima vez por que achei muito interessante essa coluna do Attuch, que aponta alguns pontos centrais por traz de todo esse preconceito.

Relaxa Bolsonaro

Do que tem medo o deputado Jairo Bolsonaro?
por que tanto ódio, tanta intolerância em relação aos homossexuais? Eu sei que muitos estudos psicanalíticos apontam que aquilo que as pessoas mais combatem é justamente o que existe de mais recôndita dentro delas. Exemplo: o moralista Edgar J. Hoover, que chefiou o FBI durante décadas, combatendo homossexuais e comunistas nos EUA, vestia-se de mulher, quando estava sozinho, no silêncio do seu quarto. Em breve a história de Hoover, que será interpretada por Leonardo Dicaprio chegará as telas do cinema. Assista ao filme Bolsonaro, comendo uma pipoquinha. 
Agora para vocês fãs, do deputado, que já o elegeram por seis mandatos consecutivos, eu digo de uma vez por todas: acordem, o mundo mudou. Eu sei que muitos de vocês estão lotando o Twitter e disseminando mensagens de intolerância contra um suposto "gaystapó" numa alusão ao serviço secreto nazista de Hitler. Não tem graça. Os camisas pretas são vocês, e não as pessoas normais que repudiam a intolerância propagada pelo parlamentar mais ridículo do Brasil [...]
Por ultimo Bolsonaro, se você cruzar com um gay por ai, relaxa. Puxe uma conversa. Quem sabe vocês não conseguem se entender? Seu eleitorado está morrendo. Já não se encontram mais tantas viúvas de 1964 por ai.

É Bolsonaro os espectros humanos da ditadura militar estão se indo, e agora?

29 dezembro 2010

Direito Homoafetivo na Justiça

6 comentários

Separei para hoje mais um texto sensacional de Maria Berenice Dias, com tantas postagens relacionadas a ela aqui no blog estou quase criando um marcador só para ela eheheheh

***

Toda temática relativa à sexualidade parece ser revestida de uma certa
“aura de silêncio”, provocando intensas inquietações e uma quase insaciável
curiosidade. Acaba por existir a propensão de conduzir e de controlar o
exercício da sexualidade, culminando com a tentação de a sociedade enxergar
a moral puramente em termos de comportamento sexual. Note-se, porém, que
a homossexualidade é atualmente, por muitos, vislumbrada como uma parte da
personalidade de alguém, algo inerente à sua pessoa – como ter olhos verdes
ou azuis, ser destro ou canhoto, etc. A identidade sexual deve ser vista como
uma chave central para o livre desenvolvimento da personalidade humana e a
orientação sexual não é um problema de escolha, opção, mas algo que está
nas “profundas raízes da sexualidade humana”.
[...]
Por um período incalculável, a homoafetividade foi estigmatizada,
restando os homossexuais e os transexuais marginalizados, confinados num
“universo paralelo”. Entretanto, nos últimos tempos a sociedade vem se
mostrando um tanto mais tolerante e, paulatinamente, vem modificando a sua
forma de encarar as relações entre iguais. Destarte, os homossexuais
começaram a adquirir visibilidade no mundo hodierno e passaram a buscar
justiça. Infelizmente, a postura omissiva de quem tem o dever de fazer leis é
histórica. É suficiente relembrar o calvário sofrido para que o divórcio fosse
inserido no sistema jurídico.
[...]
Ainda bem que o silêncio do legislador não cala a Justiça. De há muito
vêm os magistrados reconhecendo que a falta de leis não significa ausência de
direitos, Assim acaba a jurisprudência tamponando as lacunas da lei e ditando
pautas de conduta, que passam a guiar a vida em sociedade.
[...]
É imperioso dizer que os avanços, não suprem o direito à segurança
jurídica que só a lei outorga, em especial no Brasil onde a norma escrita é
incrivelmente prestigiada. Destarte, existe a factual e urgente necessidade de
buscar a introdução da regulação das uniões entre pessoas do mesmo sexo –
em todas as suas vertentes, com todos os seus direitos, deveres e

consequências - no sistema jurídico brasileiro. O silêncio é a forma mais
perversa de exclusão, pois impõe constrangedora invisibilidade que afronta
alguns dos mais elementares direitos, como o direito à cidadania e à dignidade,

base de qualquer Estado que se diga Democrático de Direito. (grifo meu)
[...]
Todos estes percalços serviram de força motriz para a construção de
uma ferramenta poderosa de busca e acesso a material relativo à
homoafetividade e transexualidade: www.direitohomoafetivo.com.br.
Indispensável saber tudo o que a justiça já assegurou a homossexuais e
transexuais. Trata-se de um projeto arrojado, cujo trabalho foi árduo e contou
com a colaboração entusiasmada de muita gente. Os resultados foram
surpreendentes. Basta atentar que já no ano de 1980 foi deferida a troca de
nome de transexuais e desde 1989 a justiça federal concede direito
previdenciário a parceiros do mesmo sexo. Mas há mais, muito mais. Data do
ano de 1998 a primeira sentença deferindo a adoção homoparental.
[...]

E esse anseio de justiça se conecta com a busca da felicidade,
interligada com o reconhecimento de direitos igualitários e da sua dignidade,
sem distinções de qualquer natureza.  (grifo meu)

Texo completo AQUI
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...